• terça-feira, agosto 03, 2021

        Olá pessoal! Perdão pelo sumiço nos últimos 6 meses (nada demais hehe'), mas agora estou de volta e quero voltar a deixar o blog movimentado e com conteúdo com alguma frequência. Na última semana eu li (maratonei) uma webtoon/manhwa que acabei conhecendo por acaso e, surpreendentemente, a fanbase dessa obra é minúscula tanto no Brasil (um dos motivos sendo a falta da obra completamente traduzida, seja oficialmente ou por fãs) quanto lá fora.

        Particularmente, foi uma obra que me deixou preso do início ao fim durante minha leitura e eu gostei bastante, por isso decidi compartilhar.

    Aviso: Distant Sky aborda assuntos sensíveis como suicídio e possui cenas de grande violência. Caso alguma dessas coisas não seja algo que você tolere, não é recomendada a leitura da obra. Entretanto, nada visualmente grotesco será exibido neste post.

    Ficha:
    Nome: Distant Sky
    Lançamento: 2014
    Número de capítulos: 116 distribuídos entre 5 temporadas
    Autor: In-Wan Yoon
    Arte: Sun-hee Kim
    Classificação indicativa: +16
    Gêneros: Ação, Terror, Mistério, Seinen e Drama
    Nota no My Anime List: 7.86/10
    Sinopse: "
    A cidade de Gangman está completamente no escuro… Um garoto acorda e se encontra em um lugar cheio de pessoas mortas. Não há carros, eletricidade ou estrelas no céu e ele se pergunta “Sou o único que está vivo? O que está acontecendo…?"

    A webtoon
        Transmitir terror e suspense através de imagens estáticas certamente é um dos grandes desafios para artistas e mangakás que tentam se aventurar nesse gênero. Afinal, sem a ferramenta do áudio e da imagem com movimento, como é possível transmitir a tensão desejada ao leitor? O nome de Junji Ito certamente vem à mente dos fãs de mangá quando esse assunto é tocado (e espero que me perdoem por ainda não ter lido nada dele). Pois bem, em uma mídia criada para ser consumida na tela de dispositivos eletrônicos — mais precisamente celulares e tablets. Sun-hee Kim aproveita de forma inteligente a resolução e o espaço limitado para trabalhar com a escuridão. Abusa de pontos de vista que desafiam a geometria e aproveita da escuridão, inserindo silhuetas escondidas nas sombras.
        Em alguns momentos até mesmo jumpscares são utilizados e podem pegar alguns leitores desprevenidos, que acreditaram que a passagem pela escuridão será uma coisa simples e rápida.
        Esses elementos — e para mim, grandes qualidades do primeiro terço da obra — não são em nenhum momento utilizados em exagero, pelo contrário, estão lá para completar a narrativa. Nos envolver na atmosfera de uma situação apocalíptica que foge um pouco do usual do que nos acostumamos a ver em obras mais populares.
        Em Distant Sky, o perigo está em cada esquina, em cada passo que os personagens dão. Não pode fazer barulho ou os inimigos vão saber que você está ali, não pode deixar luzes ligadas de forma descuidada ou vai chamar atenção desnecessária, mas a própria escuridão é um desafio pelas coisas que se escondem nela.
        Entre um ou outro momento de respiro, a obra ainda nos mantém dentro com a sensação de que algo pode dar errado.
        Mas não é só disso que vive a obra, quando o mistério e o suspense dão lugar muitas vezes a ação e a sobrevivência, Distant Sky nos trás um pouco de como está a sociedade agora que tudo desmoronou, onde todos os recursos estão em falta e a natureza simplesmente virou as costas para a humanidade. Que tipo de decisões um grupo tomaria quando a fome está próxima de ser mortal? Quanto tempo as pessoas consideradas boas suportam antes de tomar atitudes hediondas? Em alguns momentos, certo ou errado acaba se tornando uma questão de ponto de vista.
        Muitas partes do mistério do enredo é revelado ao leitor através de flashbacks. Esses flashbacks frequentemente vem sem aviso aviso prévio de onde começam e terminam. Quando acontece das primeiras vezes, pode até ser um tanto confuso. Durante uma parte da leitura, cheguei até a questionar se alguns acontecimento eram de fato reais e se não passavam de sonhos/alucinações, mas conforme a história progride e as peças se encaixam, as cenas vistas passam a fazer sentido.
        A dupla de protagonistas Kang Haneul e Shin Heyool trazem consigo a responsabilidade de carregar essa complicada história adiante e felizmente conseguem fazê-lo de forma competente. Enquanto o rapaz é nos introduzido primeiro para nos apresentar o mundo onde a história acontece, a moça carrega consigo a experiência de estar vivendo aquela situação há mais tempo, além de ser um ano mais velha que o protagonista masculino.
        Conforme os dois avançam através das dificuldades em conjunto e em situações onde são forçados a se separar, os mistérios por trás do passado de ambos vão sendo revelados, o que faz com que a dupla estreite seus laços e formem uma parceria ainda mais forte para as adversidades que ainda estão por vir.
        E sim, eu shippo.

    Conclusão
        Distant Sky é uma obra que prende em seus mistérios, em suas situações de tensão e no relacionamento de seus personagens. Mesmo quando o tom e perspectivas mudam, a história consegue continuar caminhando bem e desenvolvendo seu mundo. A narrativa é bem ritmada e sabe bem os momentos de nos entregar suas informações. Em seu momento mais fraco a obra ainda consegue nos empurrar adiante para vir com tudo em sua intensa reta final.

    Nota: 8

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