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- Capítulo 8
quarta-feira, julho 01, 2020
O som
que a velha porta de madeira na entrada da casa emitia quando era destrancada
era alto o suficiente para todos lá dentro ouvirem. O rapaz entrou e voltou a
trancá-la, andou corredor adentro sem muita cerimônia, se aproximou da porta do
quarto já tirando o tênis para fazer seus pés tomarem um pouco de ar depois do
dia cansativo que teve, ao sentir os mesmos tocando o chão gelado um arrepio
correu-lhe o corpo todo por isso rapidamente buscou seus chinelos. Deixou a
mochila sobre a cama, deu meia volta e saiu do cômodo para ir até a cozinha
buscar algo para comer, o relógio posicionado no alto da parede esquerda do
corredor indicava que já se passavam das dez da noite e estava faminto.
Apertou
o interruptor, revelando a cozinha que também servia de sala de jantar, não era
um cômodo grande, mas também não era pequeno. Andou em passos curtos até a
geladeira, abriu a porta e seus olhos foram diretamente na pequena vasilha de
plástico transparente que possuía um sanduíche que sua mãe costumava deixar
para ele comer quando chegasse em casa. Sem se importar o bastante para
colocá-lo no forno microondas, sentou-se na cadeira que ficava de costas para a
porta do cômodo e saboreou o seu lanche. Sua mente flutuava entre diversos
pensamentos que não deixaram-no perceber quem havia chegado á porta da cozinha,
só se deu conta quando escutou a voz feminina vindo detrás de si.
— Boa
noite filho.
...
Richard
abriu os olhos devagar, ainda era noite na Vila do Oeste, a luz da lua entrava
na casa de Neil pela janela e trazia uma boa iluminação para o ambiente. Ainda
estava meio sonolento como se sua mente não compreendesse que já estava
acordado, de qualquer modo sentou-se e sentiu algo correr pela sua face.
Esfregou a pata sobre e percebeu que se tratava de uma lágrima.
—
Mãe... — Falou consigo mesmo e se questionou, quando havia sido a última vez
que havia pensado sobre casa? — Ela deve estar preocupada...
Incomodado
levantou-se da cama de feno, caminhou para o lado de fora e partiu para uma
caminhada destino certo, a brilhante lua trazia toda a iluminação necessária
uma vez que os cristais já haviam se apagado.
Além dele, era possível de se ver alguns Pokémon andando pela Vila, a
brisa balançava as folhas das árvores levemente junto de seu pelo. Entretanto
nenhum desses detalhes se faziam relevantes o suficiente para o Riolu que
mantinha os olhos em frente em busca de um lugar para poder pensar.
Seu
passeio sem rumo o levou para um local da Vila que não havia conhecido até
então, uma lagoa á beira de um paredão de pedra de onde desciam três cascatas
com água fluindo incessantemente, havia na água uma sequencia de pedras grandes
e com superfície lisa o suficiente para andar sobre cujo formava uma espécie de
passarela para uma pedra maior próxima do centro da lagoa, a luz da lua
refletindo sobre as águas dava ao local uma aparência belíssima. Richard não
foi até o meio, apenas se sentou à beira e recostou suas costas numa pedra,
escutando a melodia agradável que era o som emitido pela cascata.
— Ah
droga. — Pressionou a pata contra o próprio peito como se apertasse uma ferida
invisível. — Por que eu to aqui? Será que eu fiz algo errado e Arceus ta me
dando um castigo? — Ele pegou uma pedra achatada com uma das patas e arremessou
na lagoa, a mesma quicou duas vezes na superfície antes de afundar. — Se pelo
menos eu pudesse me lembrar...
Preenchido
por frustração e saudade, o azulado abraçou as patas traseiras com as
dianteiras e abaixou a cabeça, encolhendo seu pequeno corpo nele mesmo,
tentando se afastar do mundo externo. Ele tinha dezenas de perguntas, mas não
acreditava que alguém era capaz de lhe dar a resposta, não foi capaz de contar
para Aella quando essa o pressionou na noite anterior e nem para seus amigos
Pokémon. O motivo era simples, “Eu sou um humano que foi transformado em Riolu”
seria motivo de risada pra qualquer um que ouvisse e a última coisa que queria
era se transformar em piada. O barulho de água esguichando junto com a pedra
que havia jogado no rio caindo ao seu lado fez com que o Riolu saísse daquele
pequeno casulo para checar o que havia acontecido.
— Olá.
— Disse uma voz vinda da água.
Richard
olhou o Pokémon que havia emergido das águas, a parte superior de seu corpo era
toda azul, tinha um barbilho amarelo saindo de cada lado da cabeça que fazia
lembrar um peixe-gato, no centro acima dos grandes olhos havia uma marca que
lembrava um W.
— Hm...
Oi.
— Não
jogue pedras na lagoa, tem gente vivendo dentro dela.
—
Desculpa eu fiz sem pensar... Não quis incomodar. — O Riolu já começava a
pensar em se levantar e voltar.
— Por
que está aqui tão tarde?
— Nada
eu só vim respirar um pouco, mas já to de saída.
— Por
que está chateado? — O Whiscash se aproximou da beira.
— Eu...
Não estou chateado.
— Não
foi o que pareceu quando você jogou a pedra e se encolheu ao lado dessa pedra.
— A resposta do peixe fez Richard abaixar o olhar.
— É
que... — Suspirou. — Sinto saudades de casa.
—
Entendo, sua espécie vive bem longe daqui.
— Mais
do que imagina...
— Por
que não consegue uma carona? O mundo é grande, mas não é infinito.
— Você
não entenderia, não é como se eu pudesse chegar lá dessa forma. — Seus olhos
voltaram a encontrar os do tipo aquático. — Eu conheci Pokémons muito bons por
aqui, mas nesse lugar eu me sinto como...
— Um
peixe fora d’água?
— Exatamente.
— Richard não pode conter o sorriso de canto de boca. — Alguns olham pra mim de
um jeito estranho, como se eu estar ali fosse algo ruim.
— Eu
ouvi sobre você, e já imaginava algo assim. — Falou. — Presumo que você não
saiba o porquê.
Richard
negou com a cabeça.
— O que
me disseram foi que eu era o único da minha
espécie por aqui, mas parece não ser o caso de todos, eu sinto que tem algo
mais. — O Riolu se lembrou de uma conversa que teve com Luke depois que eles se
enfrentaram em batalha, acabou criando uma espécie de amizade e rivalidade com
o jovem Pikachu, lhe fizera uma pergunta sobre esse assunto e aquela foi a
resposta que recebeu.
—
Riolus e Lucarios não existem naturalmente nesse continente. — Explicou. — Grande parte dos que existem vivem nas
terras dos humanos e são muito próximo deles por conta de poderem manipular a
aura, isso não agrada alguns, pois eles são vistos como bichinhos de estimação.
— O
que? Eu não sou de estimação, isso é ridículo.
— Tem
mais uma coisa. — Deu uma pausa. — É dito por aí que a sua espécie recebeu uma
missão especial em um local bem longe daqui.
— Uma
missão? — Perguntou curioso.
— Sim,
essa missão seria algo muito importante para todos nós, por isso a presença de
um Riolu fora de seu “posto” poderia significar más notícias.
—
Mas... Que missão?
— Eles
precisariam proteger algo tão importante que se falhassem o mundo sofreria com
isso.
—Isso
não é um pouco exagerado?
— Não
temos muito contato com os povos distantes, essa informação é bem antiga e não
temos certeza de sua veracidade.
— Se
são só rumores, por quê eu tenho que
ser afetado por isso?
— Todo
rumor teve que surgir de algum lugar, assim como toda lenda e história que hoje
em dia podemos considerar fantástica.
— Isso
não faz muito sentido pra mim. — Colocou-se de pé. — Acho que vou voltar.
— Antes
de você ir, já que tocamos no assunto, quer ouvir sobre a Lenda do Ninetales?
— Não
obrigado, quem sabe na próxima. — O azulado se direcionou para o caminho por
onde veio, dando as costas para a lagoa. — Boa noite.
— Boa
noite Richard.
O tipo
lutador parou por um momento, sem olhar para trás, e pensou “Eu nem disse meu
nome” então continuou seguindo seu caminho.
...
A
viagem de volta de Kiri, Neil e Ciara foi de relativa tranquilidade, nenhum
tipo de problema cruzou o caminho do trio em seu retorno. Durante a travessia
pela Floresta Curta eles conversaram sobre diversos assuntos como a batalha do
dia anterior, os campos de flores e o que fariam depois de chegar. A Absol
adiantou a eles que teriam os próximos dois dias de folga e um dia de
atividades leves para poderem se recuperar com da rotina árdua dos últimos dias
e então houve um momento em que falaram sobre Richard.
— Acho
que vocês deveriam chamá-lo para a equipe de vocês. — Sugeriu Ciara.
— Mas
ele nem passou por treinamento. — Kiri respondeu. — E também não sei se ele
aceitaria, afinal ele ta longe de cãs.
— Não
sei se ele vai aceitar, mas caso aceite eu acho que tendo vocês como
companheiros ele vai ficar bem.
— Bem,
eu posso perguntar ele.
—
Richard é um cara legal. — Neil comentou após pousar em um galho próximo. —
Apesar de não sabermos tanta coisa sobre ele, acho que seria uma boa companhia.
— Sim,
mas ele deve ter outras preocupações.
— Se
ele foi até o dojo para treinar. — Ciara falou. — Talvez ele pense em ficar
aqui por um tempo.
— É
você tem razão. — A tipo grama se decidiu. — Quando eu tiver a chance eu
pergunto a ele.
Tempo
se passou e a vista da Vila do Oeste finalmente chegava aos olhos do trio,
apesar de já terem acostumado com a paisagem, ainda passava pela suas cabeças o
quão bonita era a visão ao longe. Iam aos poucos se misturando ao movimento de
Pokémon saindo e entrando da vila, então enfim chegaram à entrada que seria o
local onde o grupo iria se separar.
— Eu
vou voltar para o dojo, tenho coisas para resolver lá, estão liberados. — Explicou
Ciara antes de seguir seu caminho. — Até mais.
— Até.
— Os dois responderam juntos de forma dessincronizada.
— Neil
eu vou na minha casa depois a gente se encontra ok?
— Tudo
bem, nos vemos depois então. — O Starly abriu as asas e abriu vôo em direção à
sua casa enquanto Kiri tomava o rumo da sua.
..
Richard
estava desde mais cedo no dojo treinando suas habilidades, ele chegou antes do
movimento aumentar para poder perguntar Hiroki como funcionavam as coisas por
ali. O dojo funcionava como além de um local para quem desejasse treinar seus
fundamentos de batalha, como o local onde a guarda da vila e as equipes de
resgate eram administradas. Os que se destacavam nos treinos que não eram
filiados a nenhuma das duas anteriores poderiam receber convites mesmo sem ter
histórico com essas. Haviam vários outros instrutores que ajudavam nos treinos
e a organizar o funcionamento, além de outros Pokémon que trabalhavam em
atividades menores como a manutenção da estrutura e a organização dos
documentos “AFINAL, ALGUÉM TEM QUE FAZER A PARTE CHATA”, o Shiftry brincou
dando algumas risadas.
— Certo
Richard, lá vai mais uma rodada. — O Pokémon de pedra falou antes de disparar
seu ataque.
No
momento o Riolu fazia um treino com um de seus instrutores na área aberta que
ficava aos fundos do dojo, era uma criatura bípede que se assemelhava com uma
grande rocha arredondada, com dois olhos e uma boca no centro, tinha dois pares
de braços, dois maiores e dois menores que ficavam mais encostados ao corpo,
seu nome era Haldor. O Graveler ergueu ambos os braços e então o chão ao seu
redor que já estava um tanto esburacado começou a se quebrar e então várias pedras
foram na direção do Riolu, seu objetivo era destruir ou desviar do maior número
que conseguir.
— Ok!
O Rock
Slide foi na direção dele então ele fez as garras do Metal Claw surgirem de
seus braços, as primeiras pedras que vieram ele conseguiu se esquivar, algumas
outras ele acertou com as garras, destruindo-as facilmente. Porém quando a
primeira o atingiu no ombro fez com que ele perdesse o ritmo e fosse atingido
por uma bem no rosto que o fez cair no chão de costas.
— Por
que eu sempre levo uma na cara? — Falou baixo consigo mesmo.
— Está
tudo bem? — O Graveler já havia interrompido os ataques, se aproximou do Riolu
e o ajudou a se levantar.
— Sim,
não foi nada.
— Vamos
dar uma pausa.
Ambos
andaram em direções diferentes, Richard foi se sentar á sombra de uma grande
árvore que se erguia nos limites da área reservada ao dojo, de lá ele podia ver
vários outros treinando, seja em grupos ou individualmente. Alguns que pareciam
mais novos batiam em troncos de árvore cortados e prendidos ao chão, outros
batalhavam entre si para treinar e haviam aqueles que faziam como Richard e
estavam sendo assistidos de um instrutor.
— Você
parece um pouco desfocado hoje. — A voz era facilmente reconhecível para o
Riolu, Luke estava de pé sobre duas patas ao seu lado. — Se não desviar nem de
pedrinhas você vai se ferrar com meus raios.
— E
você tava me observando por quê? Quer aprender como se treina?
— Eu
acabei os meus afazeres e fiquei assistindo a sua aula de como não treinar
minha esquiva, foi muito esclarecedor. — Os dois riram das provocações e em
seguida o Pikachu se sentou na frente do azulado. — Minha equipe vai sair numa
missão hoje à tarde, estou animado.
— Você
não me disse que estava em uma.
Luke
deu de ombros.
— Você não
perguntou.
— Deve
ser legal sair em uma missão assim, a aventura e tudo mais.
— Você
não ta na equipe da Kiri?
— Na
verdade eu fui meio que resgatado por eles.
— Talvez
se ela não tiver uma opção melhor que você, que não é muito difícil de achar,
ela te chame. — Ele riu. — Bem, é recomendado que as equipes tenham três
membros, então quem sabe.
— É,
quem sabe. — O Riolu suspirou e baixou o olhar para o chão com o pensamento
distante.
Uma voz
ao fundo chamou por Luke, Richard pôde ver que se tratava de um Clefairy que
acenava para o Pikachu.
— Eu
tenho que ir, a gente se vê. — O Pikachu colocou-se de pé e foi andando em
direção ao companheiro.
— Até
depois. — Richard observou o amarelo se afastando, então decidiu se levantar
para voltar para suas atividades.
..
A
esverdeada adentrou na construção de cômodo único que conhecia como lar, apesar
de ser simples, não ser tão grande como a que Neil vivia com a mãe e talvez
faltar alguns reparos ela sempre se sentia em casa naquele lugar, pois era o
local onde passara grande parte da sua vida, na verdade não tinha muitas
lembranças de antes de começar a viver naquela casa e, além disso, era lá que
podia ficar sozinha com seus pensamentos.
—
Cheguei. — Falou em um timbre médio para o cômodo vazio, Kiri caminhou
lentamente pelo local, dando uma olhada em cada planta que havia conseguido se
esgueirar pela madeira e fazer parte de seu ambiente. — Desculpem a demora,
tivemos momentos bem complicados durante a missão. Nada com que precisem se
preocupar é claro, a Ciara apareceu pra nos ajudar e acabou dando tudo certo.
Os
únicos sons que ouvia eram alguns barulhos vindos do lado de fora, ela parou em
frente à grande cama de feno e continuou falando.
— Agora
vou ter alguns dias de folga, legal não é? — Subiu na cama e ficou sentada
sobre a mesma, encarando o nada. — A Ciara sugeriu para colocarmos o Richard na
nossa equipe, mas não acho que esse tipo de coisa seja prioridade dele. Ele
deve estar focado em voltar pra casa ou algo assim... — Se aconchegou e
deitou-se. — Enfim eu estou bem, espero que vocês também estejam... Sinto
saudades...
Kiri
sentiu os olhos lacrimejarem e então os fechou, a fadiga dos últimos dias
corridos logo veio à tona em seu corpo e não demoraria muito para que então
caísse em um sono profundo e sem sonhos durante aquela tarde.
...
— Kiri?
Abriu
os olhos, pensando ter ouvido algo, mas poucos segundos depois voltou ao sono.
— Kiri
você ta aí?
Enfim
acordou e percebeu que não era sua mente a enganando e que realmente alguém a
chamava, sentou-se sobre a cama de feno sentindo suas pálpebras ansiosas para
se tocarem novamente. Não tinha noção de quanto tempo dormiu, mas pela luz do
sol que fazia seu caminho para dentro do ambiente parecia ter sido por um
período considerável.
—
Kiri...?
— Pode
entrar... — Sua voz saiu um pouco rouca e baixa, limpou a garganta e respondeu
novamente. — Pode entrar Richard.
O Riolu
surgiu da entrada, parecia ser o mesmo de sempre, se perguntava por quê ele
estava ali.
— Ah eu
te acordei? Desculpa eu posso vir outra hora.
— Não
ta tudo bem, eu não devia dormir muito durante o dia mesmo. — Ela sorriu
amigavelmente. — Precisa de alguma coisa?
— Eu
queria saber se eu não poderia passar a noite aqui.
— Algum
problema com o Neil?
— Com
ele não. — Coçou a orelha direita no topo da cabeça. — Mas eu não sinto que a
mãe dele gosta muito de mim, então eu não queria ficar mais uma noite lá e
incomodar... E também eu não tenho casa.
A do
tipo grama riu.
— Você
sempre acha que ta incomodando. — Richard não soube responder isso. — A casa
dele é mais confortável e garanto que a mãe dele não vai te atacar enquanto
dorme.
— Quem
sabe? Staraptors são caçadores natos. — Disse em tom de brincadeira. — Mas se
não for incomo... Quer dizer, se você não quiser eu acho outro lugar.
— Não,
ta tudo bem. Pode ficar aqui se quiser.
—
Obrigado, você é muito gentil.
—
Amigos fazem essas coisas, sabia?
—
Claro, mas tudo que eu fiz pra vocês foi dar trabalho. — Ele sentou-se no chão
encostado à parede oposta a cama de feno.
— Não
fala isso, a gente gosta de você. — Reclamou, notou que o Riolu ficou um tanto
sem jeito então continuou falando. — O que ta achando dos seus dias por aqui?
— Eu
gosto daqui, mas...
— Sente
saudades de casa? — Richard arregalou levemente os olhos como se ela tivesse
lido sua mente e então assentiu com a cabeça, ela continuou. — Talvez a gente
consiga uma forma de te levar, talvez uma carona pelo céu ou pela água, não?
— Não é
tão simples Kiri.
— Como
assim? Pode ser um pouco caro, mas não é nada impossível.
— Não
posso chegar em casa desse jeito.
— Eu
não entendo.
— A
verdade é que... Você vai achar que eu sou maluco.
— Eu
não vou conseguir ajudar você se você não me contar.
— Ta
bom. — Suspirou. — A verdade é que eu não sou um Pokémon, pelo menos não deveria ser. Eu sou humano e de alguma forma eu vim parar
nesse lugar como um Riolu.
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Oeee Lucas.
ResponderExcluirIsso parece interessante, o Richaard parece aos poucos estar recuperando a memória do que aconteceu com ele no passado. É curioso que ele possa se lembrar das sensações e de algumas pessoas e mesmo assim ainda não saiba qual situação o levou até ali.
Esse laguinho com o Whiscash dá uma sensação de nostalgia lembrando do Red Rescue Team. É interessante como esse poke nem tem mta cara de criatura sábia, mas após os jogos não tem como não associá-lo a isso. Ele parece saber muito mais sobre o futuro do Riolu do que disse, mas acredito que irá esperar com que o pokémon o procure novamente.
Então parece que o Richard vai ser mesmo o terceiro pokémon da equipe de resgate, não é mesmo? Não que fuja ao esperado, mas confesso que seria interessante vê-lo trabalhar com outro grupo, quem sabe no futuro não surjam algumas oportunidades como spin-offs ou algo assim.
Que dozinha da Kiri, ela parece ter perdido alguém muito importante na sua vida e talvez aquela casa, mesmo que pequena seja o que resta de lembranças para ela, provavelmente de sua antiga família. Fico refletindo se eles morreram ou a abandonaram, mas creio q só teremos a revelação disso no futuro.
O interessante de ver o Richard se sentindo mais a vontade ali é imaginar que mesmo pequeno, esse lugar talvez seja o que eles se sintam em casa e talvez criem uma futura base. Quem sabe?
Vixi, declaração bombástica, agora é tiro porrada e bomba. Qual será a reação da Kiri? Vai pensar que o pobrezinho bateu a cabeça e surtou? haha
Muito bom o capítulo Lucas. Aos poucos dá pra ver a trama se formando. Aguardo ansiosa pelo próximo.
Abraços!